Membro da Câmara Deliberativa, o vereador Lucas Kitão afirmou que não se pode solucionar o problema do transporte onerando o cidadão que utiliza veículo particular
Convocada pelo presidente e prefeito de Trindade, Jânio Darrot, foi realizada uma reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) nesta segunda-feira (17) na Câmara Municipal de Goiânia. Em pauta, as melhorias do transporte coletivo. No entanto, durante apresentação do histórico de tarifas e planejamento para melhoria do transporte, Jânio Darrot defendeu o aumento de R$ 60 no licenciamento de veículos automotores de todo o Estado de Goiás.
“Queremos criar um mecanismo onde nós possamos ter a desoneração da tarifa através de rendas extra tarifárias. Depois será levado ao Governo de Goiás e, assim, o governador, acatando e aceitando a ideia, poderá então encaminhar um projeto de lei para a Assembleia [Legislativa de Goiás] para que possamos ter essa desoneração e não ter o aumento da tarifa no final do ano”, afirmou o presidente.
Desta forma, o valor arrecadado com esse percentual do licenciamento seria utilizado para investir no transporte de Goiânia e Região Metropolitana. Para o vereador Lucas Kitão, membro da CDTC, não adianta encontrar soluções para o transporte coletivo que sobrecarreguem outros cidadãos, como os que possuem veículos particulares.
“Hoje foi apresentada uma sugestão que eu acho preocupante, que é a criação de um novo imposto, majorando ainda mais o licenciamento de veículos do Estado inteiro. Vamos contribuir buscando soluções, já me posicionei contra essa proposta”, destacou Kitão.
Durante a reunião, o vereador sugeriu alternativas menos prejudiciais aos contribuintes. “As receitas extra tarifárias que vão ajudar o custo do pagamento e investimento do transporte coletivo em Goiânia e Região Metropolitana devem vir da implantação do parquímetro em Goiânia e da exploração publicitária dos terminais e dos ônibus”, afirmou.
Ainda de acordo com Lucas Kitão, as prefeituras de Goiânia e do interior e o Estado de Goiás, junto com as empresas que exploram o transporte, deverão se responsabilizar pelas melhorias, desta forma disponibilizando ônibus melhores, mais viagens, maior frequência, melhores terminais, novos abrigos em pontos de embarque e desembarque e tarifas mais acessíveis.
“É uma cobrança que a gente faz do governo, das prefeituras e também das empresas. Temos discutido [na Câmara Municipal] e todos os vereadores também têm responsabilidade no transporte coletivo. Precisamos de mais participação do governo. A Prefeitura de São Paulo investe mais de R$ 3 bilhões por ano, por exemplo, e o transporte lá funciona. Onde tem governo subsidiando o transporte, as coisas andam”, reforçou.
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